Autor: Aline - Data: 04/06/2025 15:47 t3k5s

Vítima de acidente com ônibus na MGC-491 está tetraparético e aguarda indenização para tratamento urgente 374a3r

O montador de móveis Mauro Ferreira, de 31 anos, vive um drama após sobreviver ao trágico acidente com um ônibus de excursão na rodovia MGC-491, entre Varginha e Três Corações, no sul de Minas Gerais. Ele ficou tetraparético e agora aguarda uma indenização da agência de turismo e da empresa de transporte para iniciar um tratamento essencial à sua recuperação.

Mauro perdeu os movimentos das pernas e tem mobilidade muito reduzida nos braços. Segundo o neurologista Daniel Ribeiro, ele ainda possui pequenas conexões nervosas ativas, o que mantém a esperança de recuperação parcial com reabilitação intensiva. No entanto, o tempo é um fator decisivo.

“Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de o corpo responder. A cada dia que a, essas células vão se esgotando, e as chances diminuem”, explicou o médico, referindo-se à chamada neuroplasticidade — a capacidade do sistema nervoso de se reorganizar e se recuperar após lesões.

O acidente aconteceu na madrugada de 19 de maio, quando o ônibus retornava de uma viagem "bate e volta" até a Praia de Piratininga, em Niterói (RJ). Já próximo ao destino final, pouco depois da praça de pedágio na MGC-491, o veículo tombou e caiu em um barranco. Duas pessoas morreram — uma criança de 4 anos e uma mulher de 50 — e cerca de 30 ficaram feridas.

Mauro viajava com a filha de 7 anos e, no momento do acidente, tentou protegê-la. “Eu disse pra ela: ‘Filha, o papai vai te segurar porque o ônibus vai tombar’, e abracei ela”, relembrou, emocionado.

Ele foi socorrido ainda consciente, sem sentir as pernas, e ou 12 dias internado no Hospital Regional de Varginha, onde foi diagnosticado com uma lesão grave nas vértebras cervicais.

Sem condições de trabalhar e com recursos limitados, a família de Mauro se prepara para entrar com uma ação judicial. A advogada Carol Rezende afirma que vai questionar judicialmente as condições da viagem, incluindo o cumprimento do tempo de descanso obrigatório do motorista. “Acreditamos que houve negligência. A legislação prevê paradas e tempo de repouso, e precisamos entender se isso foi respeitado.”

A agência responsável pela excursão e a empresa que locou o ônibus afirmaram que aguardam o posicionamento da seguradora antes de tomar qualquer medida financeira. “A gente contratou uma empresa para cuidar da condução. Infelizmente, agora é esperar a seguradora dar o e”, declarou a dona da agência, Priscila do Carmo Bernardes Vitor.

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do ônibus, de 48 anos e natural de Três Corações, alegou não se lembrar do que aconteceu. A empresa EPR Vias do Café, que istra a rodovia, informou que o veículo saiu da pista e caiu em um barranco.

Enquanto isso, Mauro e sua família vivem uma corrida contra o tempo. Sem o tratamento adequado, ele corre o risco de perder os poucos movimentos que ainda restam. A família também realiza campanhas nas redes sociais para arrecadar recursos enquanto a indenização não é liberada. 

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